sexta-feira, 20 de março de 2009

AMARELINHA

É através das brincadeiras que se abrem possibilidades de aprendizagem no desenvolvimento infantil. Brincando, a criança prepara-se para o mundo, experimentando e adquirindo limites, tornando-se operante, descobrindo vocações, buscando sentido para sua vida.

O jogo está intimamente ligado à espécie humana. A atividade lúdica é tão antiga quanto à humanidade. O ser humano sempre jogou, em todas as circunstâncias e em todas as culturas. Desde a infância, joga às vezes mais, às vezes menos e através do jogo, aprendeu normas de comportamento que o ajudaram a se tornar adultos; Atrevo-me a afirmar que a identidade de um povo está fielmente ligada ao desenvolvimento do jogo, que, por sua vez, é gerador de cultura (ORTIZ, 2005, p. 09).

A amarelinha é um jogo tradicional conhecida também como sapata, macaca, academia, jogo da pedrinha e pula-macaca, e constitui - se algumas regras preestabelecidas. A amarelinha é uma brincadeira que desenvolve noções espaciais e auxilia diretamente na organização do esquema corporal das crianças.
Os recursos necessários para o jogo é uma pedrinha, rodela de borracha ou tampinhas de garrafa, para cada criança um diagrama riscado no chão de acordo com o tipo de amarelinha.
Regras da amarelinha tradicional
Desenvolvimento:
As crianças devem decidir a ordem dos jogadores, ficando a primeira de posse da pedrinha.
Cada jogador, ao chegar a sua vez, se coloca atrás da linha de tiro, de frente para o diagrama, e atira a pedrinha na casa número 1. Aproxima-se, então, do diagrama, saltando num pé só sobre a casa número 1, onde está a pedrinha, sem pisar nela, caindo com os dois pés no 2 e no 3, com um pé só no 4 e repetindo essa seqüência até chegar ao 10. Na volta sem entrar na casa número 1 nem pisar nela, ela deve pegar a pedrinha para voltar ao lugar de onde atirou e iniciar novamente a jogada. Deve agora arremessar a pedra na casa número2, repetindo o mesmo processo, e assim sucessivamente até chegar à última casa ou até errar, quando então cede a sua vez ao seguinte.
Constituem erros jogar a pedrinha fora da casa desejada ou sobre uma linha da figura; apoiar-se com os dois pés no interior de uma mesma casinha; troca o pé de apoio durante o percurso e esquecer de pega a pedrinha.
Depois de cada criança ter tido sua vez, o primeiro recomeça da casa onde estava ao errar, e assim por diante até alguém alcançar o 10.
Vence quem terminar a amarelinha toda primeiro.

quarta-feira, 18 de março de 2009

jogos e brincadeiras

Jogos e Brincadeiras para a Educação Infantil
Olá pessoal, segue mais algumas experiências para brincar com as crianças. As brincadeiras são voltadas à faixa etária de 4 a 6 anos, podendo algumas serem adaptadas às crianças de 3 anos. O importante é que as brincadeiras façam parte do cotidiano do trabalho na educação infantil. Brinque todos os dias com as crianças. Elas vão adorar. Bom divertimento!
1. Arco – Íris A – fazer um arco-íris no chão com giz ou tiras de papel crepom coloridas. Colocar no final do arco-íris um baú (caixa de papelão) com brinquedos, bexigas, objetos ou fantasias que correspondam às cores do arco-íris desenhado no chão. Execução: formar fileiras, uma para cada cor atrás de uma linha em frente ao arco-íris a mais ou menos 1m de distância ao sinal do professor, os primeiros de cada fila deverão sair andando por cima da linha até o baú e trazer um objeto que corresponda à cor de sua equipe. Todos deverão repetir o mesmo processo; a próxima criança sairá somente quando seu companheiro ultrapassar a linha de chegada. A equipe que primeiro completar o jogo será vencedora.
2. Arco – Íris B – quando utilizar bexigas, seguir o mesmo processo acima onde as crianças deverão pegar no baú uma bexiga que corresponda à cor de sua linha e estourá-la, sentando em cima, antes de retornarem às filas.
3. Arco – Íris C – igual às brincadeiras acima utilizando fantasias, roupas e adereços diferentes como perucas, chapéu, vestido, calça, nariz de palhaço ou outro, xales etc, quando todos estiverem com as suas peças na mão deverão vestir (fantasiar) um colega. Vence a equipe que vestir primeiro e for a mais criativa.
4. Bolinhas de pingue-pongue – Soprar bolinhas de ping-pong: traçar duas linhas a uma distância de 3m uma da outra e formar fileiras uma de frente para a outra atrás das linhas. Inicia-se o jogo dando uma bolinha para as primeiras crianças de cada fila de um dos lados, estas deverão soprá-las até seus companheiros das filas à frente indo para trás destas filas. A criança que recebeu a bolinha repetirá a mesma ação para o outro lado e assim sucessivamente. Se for em forma de competição, vence a equipe que terminar primeiro.
Dois a dois lançando a bolinha com as mãos, um para o outro, deixando quicar no chão antes de pegá-la (deixar quicar 1x, depois 2x, 3x, 4x etc)
Jogar na parede e pegar com as duas mãos, jogar no teto e deixar quicar no chão, 1,2,3,4... antes de pegá-la
Caçar a bolinha com caixa de sapato – 2 a 2, um com uma caixa de sapato e outro com bolinhas (de pingue-pongue, papel, isopor, etc). ficam distantes mais ou menos 2m, dependendo do tamanho (idade) da criança. Enquanto uma lança as bolinhas a outra deverá caça-las com a caixa.
5. Caixas de sapato – Patins com caixas de sapato – fazer várias fileiras onde os primeiros receberão 2 caixas de sapatos sem tampa que serão os patins. Colocá-los atrás de uma linha de saída. Ao sinal, deverão correr até um ponto pré-determinado, podendo ter uma cadeira para contorná-la, e retornar entregando os patins para o próximo que repetirá a mesma ação e assim por diante. Vence a equipe que as crianças acabarem o percurso primeiro.
Carrinho com caixa de sapato – amarrar um pedaço de barbante em uma das extremidades da caixa para puxar. Esta brincadeira poderá ser cada criança com seu carrinho buscando objetos, figuras, letras, números etc., solicitados pelo educador.
Rebater a bolinha: com o fundo da caixa de sapato ou com as tampas, como tênis ou pingue-pongue.
6. Revezamento – formar fileiras como mostra o desenho anterior; na linha traçada e em frente a cada equipe colocar um objeto ou uma bola. O objetivo do jogo é: uma criança vai buscar o objeto e a outra vai levar. Vence a equipe onde todas as crianças executaram a ação.
7. Desenho comunitário com música – espalhar folhas de papel pela sala e lápis colorido. Ao som de uma música, as crianças deverão caminhar no ritmo dançando e, ao parar a música, começar a desenhar, cada uma em uma folha; a música retorna, e voltam a caminhar. Ao parar novamente a música, vão até outro papel, e continuam o desenho do colega. Isto se repete até que o educador observe que os desenhos já se definiram. No final todos pegam um papel e comentam sobre o desenho mostrando a todos.

Brincadeira Quente ou Frio

BRINCADEIRA

Quente ou frio

Escolhe-se um aluno para esconder um objeto qualquer, enquanto os outros ficam de olhos fechados. Quando o objeto estiver escondido,os alunos que estavam de olhos fechados passam a procura-lo.
Cada aluno, na sua vez, pergunta:
- Quente ou frio?
Se ele estiver distante do objeto escondido, o aluno que escondeu o objeto responde:
- Está frio.
Se ele estiver próximo do objeto escondido, o aluno que escondeu o objeto responde:
- Está quente.
O aluno que escondeu o objeto responderá que está “quentíssimo” ou “pelando” quando o objeto escondido estiver prestes a ser encontrado. O aluno que encontrar o objeto será o próximo a escondê-lo.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Por que a ludicidade na educação infantil

Educação Infantil

O brincar é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedade de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos. Considerem, por exemplo, quando uma pessoa adquire um novo equipamento, tal como uma máquina de lavar – a maioria dos adultos vai dispensar a formalidade de ler o manual de ponta a ponta e preferir “brincar” com os controles e funções. Através deste meio, os indivíduos chegam a um acordo sobre as inovações e se familiarizam com objetos e materiais: nas descrições do brincar infantil isso é frequentemente classificado como um brincar “funcional”. Esta experiência “prática” de uma situação real com um propósito real para o suposto “brincador”, normalmente é seguida pela imediata aprendizagem das facetas da nova máquina, reforçada subsequentemente por uma consulta ao manual e consolidada pela prática.

A semelhança deste processo com uma forma idealizada de aprendizagem para as crianças pequenas é inevitável. Mas será que o brincar é verdadeiramente valorizado por aqueles envolvidos na educação e na criação das crianças pequenas? Com que freqüência o brincar e a escolha dos materiais lúdicos são reservados como uma atividade para depois de as crianças terminarem o “trabalho”, reduzindo assim tanto seu impacto quanto seu efeito sobre o desenvolvimento da criança. Quantas crianças chegam à escola maternal incapazes de envolver-se no brincar, em virtude de uma educação passiva que via o brincar como uma atividade barulhenta, desorganizada e desnecessária?

O brincar em situações educacionais, proporciona não só um meio real de aprendizagem como permite também que adultos perceptivos e competentes aprendam sobre as crianças e suas necessidades. No contexto escolar isso significa professores capazes de compreender onde as crianças “estão” em sua aprendizagem e desenvolvimento geral, o que, por sua vez, dá aos educadores o ponto de partida para promover novas aprendizagens nos domínios cognitivos e afetivos.

Este trabalho não cria mais uma definição de brincar. Em vez disso, tentamos desafiar as concepções daquilo que o brincar pode e deve proporcionar aos jovens aprendizes no contexto escolar. Isso é vital em um clima educacional baseado em temas e em um currículo competitivo que pode relegar o brincar ao último degrau de qualquer escala de importância.